PMDB rompe com o governo de Dilma

Após 14 anos de aliança, partido rompe com o governo e aquece o debate sobre o impeachment de Dilma Rousseff



Por:Jornal NC - Publicado em 31/03/2016

PMDB rompe com o governo de Dilma

Em um processo que chamou de “desembarque”, o PMDB oficializou nesta terça-feira, dia 29 de março, sua saída da base governista da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá (RR), vice-presidente da legenda, que substituiu o presidente nacional do partido, Michel Temer, vice-presidente da República. O PMDB também determinou que os seis ministros do partido e filiados que ocupam outros postos no Executivo Federal entreguem seus cargos, com exceção do vice-presidente Michel Temer.
O anúncio aconteceu após a reunião do diretório nacional do partido, realizada na Câmara dos Deputados e em meio à maior crise política enfrentada pela presidente Dilma Rousseff (PT) desde que assumiu a Presidência da República. Foi preciso apenas cinco minutos para encerrar uma aliança de quase 14 anos do PMDB com o PT.
A presidente é alvo de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados e os votos do PMDB são vistos como essenciais na tentativa do governo de barrar o processo. Dilma precisa de 172 votos na Câmara para barrar o impeachment. A confirmação do rompimento acirrou o debate em torno da governabilidade e do impeachment da presidente. Para líderes da oposição, o afastamento reforça a crise política e aumenta as chances de afastamento de Dilma.
O governo e o PMDB já enfrentavam um clima de tensão desde dezembro de 2015, quando Michel Temer enviou uma carta para Dilma, que acabou vazando para a imprensa, na qual o vice acusa a presidente de mentir para “sabotar” o PMDB e de transformá-lo em um “vice-decorativo”.


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Veja a representatividade do PMDB em diversos níveis da política
Os números peemedebistas são expressivos no país. Na Câmara, 13,25% dos deputados em exercício são do PMDB. Enquanto no Senado 18 dos 81 senadores. Ou seja, dos 594 parlamentares no Congresso Nacional, 86 são peemedebistas, o que equivale a 14,47%. Nos estados, o PMDB elegeu sete governadores, dentre as 27 unidades da federação - cerca de 25%, além de 996 prefeitos e 142 deputados estaduais.

Saída do PMDB do governo repercute na imprensa da Argentina
A crise política brasileira, agravada pela saída do PMDB do governo, foi manchete na imprensa argentina. “Brasil: o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, rompeu com o governo de Dilma Rousseff”, anunciou o jornal La Nacion em sua versão online.
O jornal Clarin deu um título parecido: “Crise no Brasil: o partido do vice rompeu com o governo”. Já o Página 12, estampou: “Uma saída anunciada rumo ao golpe branco contra Dilma”.
O site de notícias Infobae informou que a presidenta Dilma Rousseff cancelou a viagem aos Estados Unidos, onde participaria de uma reunião sobre segurança nuclear, por causa da crise política. Ela “não quer ceder temporariamente a Presidência a seu novo inimigo”, acrescentou, numa referência ao vice-presidente Michel Temer, do PMDB.
O governo argentino tem repetido que apoia uma solução “institucional” para a crise política brasileira e que deseja um desfecho “rápido”, já que o Brasil é o maior sócio da Argentina, responsável por 40% de seu comércio global.Curta nossa Fanpage no Facebook


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